
“Jogos de sedução não combinam muito comigo, sou romântica demais para acreditar que de tão sublime que seja o querer, o mesmo se limite a uma brincadeira de conquistar ou envolver.
E hoje o mestre da poesia me traiu. A catarse que me envolveu os versos do amado Drummond, fez com que não percebesse a transubstanciação do meu sonho. Uma viagem onírica onde imaginava um príncipe lindo redesenhando o ambiente por onde passa, um Anjo que altera toda a atmosfera ao seu redor. E quando do meu sonho, tão distante e alheia que estava (porque o ser que invadiu meu coração é oriundo de um plano utópico de tão perfeito e irreal) que nem percebi a realidade se desnudar diante dos meus céticos olhos.
Meu coração já tão exausto das cadentes e ordinárias batidas da vida, nem se imaginava apto a ser preenchido por tanta magia. E ele, o Príncipe, foi ocupando meu coração, assim como se diz do amor: de modo tão sutil e pujante, de maneira tão leve e vigorosa que me perdi entre os abraços de amizade, os sorrisos inebriantes e os olhares tão plenos de luz.
(...)
Você não faz sequer idéia do quanto é especial, e não é porque tens nome de anjo, é porque prova diariamente o quão é autêntico e o quanto brilhantemente transita pela profundidade própria do teu ser.
A dádiva de ter seu âmago tocado por um querer inexplicável é uma manifestação divina, indubitavelmente. Obrigada por despertar isso em mim: sentir-me viva, fazer surgir esse gostar pueril, provocar esse amor ingênuo que coloriu a minha essência e devolveu-me a mágica sensação do apaixonar-se.”
[... E fez Danizinha voltar a escrever depois de tantos anos...]
(21 de Agosto de 2008)
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